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Proposta de Lula para IR deixaria 28 milhões de pessoas isentas do confisco salarial

Publicado por Papo Reto News em

Um estudo da Unafisco (Associação dos Auditores Fiscais da Receita Federal) mostra que, caso a mudança na tabela do Imposto de Renda defendida pelo presidente Lula fosse feita, o número de isentos do pagamento do imposto passaria dos atuais 8,4 milhões para 28 milhões.

A tabela do Imposto de Renda, que não é atualizada desde 2015, representa um verdadeiro confisco salarial para milhões de trabalhadores brasileiros, já que a defasagem acumulada faz com que, a cada ano, mais pessoas paguem imposto de renda. No caso do trabalhador com carteira assinada, o desconto é feito diretamente na folha de pagamento. 

Como a tabela do imposto não tem correção há anos e, especialmente, nos últimos quatro anos a inflação chegou a dois dígitos, hoje só não paga imposto quem recebe salário de até R$ 1.903,98.

Conforme a Unafisco, a tabela precisaria de uma correção de pelo menos 148,1% para repor as perdas da inflação do período e considera o IPCA acumulado de 1996 a dezembro de 2022 (já considerando os ajustes ocorridos durante o período). Com isso, a faixa de isenção saltaria para salários de base de cálculo de até R$ 4.723,77 e o número de pessoas que não precisariam pagar imposto mais que triplicaria. 

Durante a campanha e já depois de eleito, o presidente Lula defendeu que os ricos devem pagar mais imposto e que os que ganham até R$ 5.000 devem ser isentos, mas, como a atualização representaria uma perda de até R$ 238 bilhões na arrecadação, o governo precisará buscar outras fontes de recurso para cobrir o rombo.  

Em Davos, durante o Fórum Econômico Mundial, esta semana, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, também defendeu “desonerar as camadas mais pobres do imposto e onerar quem hoje não paga imposto”, e que mudanças nesse sentido devem ser feitas no segundo semestre.

Fonte, Texto e Foto: Jornal Hora do Povo


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